Castas dos Vinhos Verdes

A Região dos Vinhos Verdes alberga uma importante diversidade de castas autóctones, há séculos adaptadas aos solos e microclimas locais. Algumas destas variedades foram, por um ou outro motivo, sendo progressivamente abandonadas, perdendo o seu espaço nos encepamentos, como é o caso de Batoca, Cainho, Cascal, Amaral, Pedral ou Borraçal, entre muitas outras.

Na última década, porém, várias têm vindo a ser recuperadas, quer através do trabalho de investigação da CVRVV, quer pelos próprios produtores, com um triplo objetivo: preservar o património genético da região; incrementar a oferta de vinhos diferenciadores; e alargar as opções num futuro condicionado pelas alterações climáticas.

A esmagadora maioria dos Vinhos Verdes (brancos, rosados e tintos) são, no entanto, produzidos com base numa dezena de variedades brancas e tintas, castas que aliam acentuado carácter a forte consistência qualitativa.
Brancas
Tintas
Brancas
As castas brancas oferecem uma gama fascinante de perfis aromáticos e sabores únicos. Desde a vibrante e cítrica Alvarinho até a floral e elegante Loureiro, essas variedades conferem frescor e complexidade aos vinhos. O caráter mineral da Arinto e a exuberância frutada do Trajadura complementam essa rica paleta, criando vinhos brancos cativantes e distintos.
Alvarinho

Alvarinho

Nascida no vale do rio Minho, a Alvarinho é a espinha dorsal da sub-região de Monção e Melgaço, tirando partido do microclima local, mais quente e seco no Verão, para originar vinhos de excelência, bastante valorizados pela sua expressividade, personalidade e enorme longevidade, podendo crescer em garrafa mais de duas décadas. Os Alvarinho são vinhos bem estruturados, com excelente equilíbrio ácido e perfis que vão dos mais citrinos (laranja, tangerina, toranja) aos tropicais (manga, ananás, maracujá). A nobreza e versatilidade da casta faz com que hoje seja cada vez mais utilizada nas restantes sub-regiões dos Vinhos Verdes.
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Arinto

Arinto

Presente em toda a região, onde também a conhecem como Pedernã, é uma das mais antigas, famosas e versáteis castas brancas de Portugal, dando o seu contributo a excelentes vinhos tranquilos e espumantes. Destaca-se pela qualidade da fruta citrina (limão, laranja), por vezes com notas de maçã e de flor de laranjeira, e pela sólida estrutura ácida, originando vinhos expressivos, intensos e longevos.
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Avesso

Avesso

O vale do Douro, nomeadamente Baião e sub-regiões limítrofes (Amarante, Paiva, Sousa) são o berço desta variedade, que aprecia particularmente as zonas mais quentes e protegidas da influência atlântica. Os vinhos de Avesso são muito encorpados e profundos, de aromas bastante frutados (pêssego, laranja, ananás) e sabores complexos e harmoniosos, com notas amendoadas. A conjugação de maturação e acidez é garante de boa longevidade.

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Azal

Azal

De maturação tardia, a Azal prefere as sub-regiões mais interiores e protegidas dos ventos atlânticos, com encostas suaves e soalheiras, de modo a equilibrar a sua elevada acidez natural. A fruta citrina é dominante nos vinhos desta casta, com a componente ácida sempre bem evidente em notas de casca de limão, lima, toranja, maçã verde.
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Loureiro

Loureiro

Casta antiga, conhecida, pelo menos, desde o séc. XVIII, é a mais plantada na Região dos Vinhos Verdes, preferindo embora as sub-regiões de maior influência atlântica, já que aprecia a humidade e frescura e sofre com o excesso de calor. Dá origem a vinhos aromáticos, focados nas notas citrinas de lima e limão e apontamentos florais, resultando delicados, crocantes e extremamente elegantes. Os melhores exemplares envelhecem muito bem em cave.
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Trajadura

Trajadura

Utilizada, sobretudo, em lote com outras castas, a Trajadura está presente em quase toda a região. Amadurece bem e, não sendo especialmente expressiva, possui aromas delicados a pêssego, pera, banana, maçã madura. Origina vinhos encorpados, suaves, com moderada acidez. Nos lotes, contribui para amaciar outras variedades mais ácidas.
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Tintas
As castas tintas oferecem uma gama fascinante de perfis aromáticos e sabores únicos. 
Alvarelhão

Alvarelhão

Também chamada Brancelho, esta é uma casta muito antiga, outrora comum e hoje pouco presente na região, mas que, em especial na última década, tem vindo a ser objeto de renovado interesse pela sua capacidade de originar Vinhos Verdes tintos de perfil mais leve, delicado e elegante, constituindo assim alternativa ao clássico Vinhão. 
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Espadeiro

Espadeiro

A grande casta dos rosés dos Vinhos Verdes, tem naturalmente pouca intensidade de cor, e caracteriza-se pela expressividade e elegância dos seus aromas e sabores, centrados nas notas de framboesas, morangos silvestres, cerejas, romãs. Por vezes, sugestões de sílex adicionam complexidade. A sua fina acidez proporciona vinhos vibrantes e refrescantes.
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Padeiro

Padeiro

Presente, sobretudo, na sub-região de Basto, tem vindo a alargar influências noutras sub-regiões dos Vinhos Verdes, como alternativa ou complemento à dominante Vinhão. Contribui para vinhos rosés e tintos mais abertos e elegantes, assentes nas frutas vermelhas (morangos e framboesas), de sabor suave e equilibrada frescura.
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Vinhão

Vinhão

É a variedade tinta mais utilizada na região dos Vinhos Verdes. Os seus tintos, de forte carácter, notabilizam-se pela extrema intensidade de cor (por vezes, quase violácea) e de aroma, com notas de bagas silvestres negras e um toque floral. O sabor é também ele intenso e expressivo, com corpo cheio e denso, taninos sólidos e acidez vibrante.
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