Os campos agrícolas transformaram-se, com várias áreas dedicadas exclusivamente à vinha.
Surgiram assim outros sistemas de condução, assentes em postes e arames, como o bardo, a cruzeta e, sobretudo a partir de final dos anos 80, o cordão simples ou duplo, com múltiplas variantes. Este modelo tornou-se dominante e contribuiu de forma decisiva para o tremendo crescimento qualitativo dos vinhos produzidos na região. As videiras deixaram as alturas e aproximaram-se do solo, com ganhos evidentes ao nível do equilíbrio das maturações. Ainda assim, a típica vinha da DOC Vinho Verde tem sempre uma condução um pouco mais alta (cerca de 1,5 a 2 metros do solo) do que noutras regiões de Portugal, devido ao clima mais húmido desta região assim aconselhar.
Apesar de a esmagadora maioria das vinhas dos Vinhos Verdes estarem hoje instaladas de forma contínua, em terrenos selecionados e a elas dedicados, e plantadas por talhão e por casta, ainda subsistem alguns dos modelos seculares, como o enforcado e a ramada. Não apenas se manteve dessa forma um legado histórico, preservando a diversidade da paisagem, como se possibilitou a alguns produtores de menor dimensão apostar na diferenciação que essas vinhas antigas proporcionam para oferecer vinhos verdadeiramente singulares.