Localizado no centro de Santo Tirso, o Mosteiro de S. Bento deve a sua fundação à iniciativa de um senhor local, no último quartel do séculoX.
A partir de finais do século seguinte, passa a obedecer à regra beneditina, afirmando-se como um dos mais influentes e poderosos de Portugal.
Depois da extinção das ordens religiosas, em 1834, o convento, já secularizado, e as terras envolventes constituem o embrião do futuro concelho de Santo Tirso.
Com excepção de algumas lápides, originárias do século XII, já nada resta das edificações mais antigas. Mas a arquitectura, a talha e a obra escultórica que nos foram legadas, datadas sobretudo dos séculos XVII e XVIII, têm um valor inestimável. A igreja do convento foi erguida ao longo de vinte anos, entre 1659 e 1679. O interior do templo tem um ambiente mágico, muito por causa da sumptuosa talha trabalhada ao gosto rocaille e da cobertura em abóbada de berço alindada com trabalhos em estuque. Os altares, as esculturas barrocas, a Sagrada Família, a escultura da Virgem com o Menino ou o bonito cadeiral do coro, reclamam o nosso olhar atento.
No mosteiro, os destaques vão para a capela monástica, as galerias seiscentistas, o claustro do século XIV e, no centro deste, para a elegante fonte em granito datada de 1649.
Jesuítas de Santo Tirso
Quando se fala em doçaria tirsense, não são os monges do Mosteiro de S. Bento os referidos habitualmente pelos estudiosos da gastronomia conventual, mas sim as freiras beneditinas do Mosteiro de Santa Escolástica, em Roriz, a quem se atribui a confecção de deliciosas bolachas conventuais. O Mosteiro de Singeverga, ali próximo, anda associado a um famoso licor com receita secreta e secular.
Mas a doçaria tradicional de Santo Tirso, talvez inspirada pela herança
religiosa, é famosa por uma especialidade muito procurada: os jesuítas, um pastel em forma de quadrilátero irregular que sai às centenas em casas como a Pastelaria Moura, bem no centro da cidade. Na Confeitaria S. Bento, a sugestão é que prove a Tarte de S. Bento.
Para além das virtudes próprias, o Convento e a Igreja de São Gonçalo, com a ponte sobre o Rio Tâmega, o casario e o centro histórico de Amarante, integram um dos cenários urbanos mais encantadores da região. Mandado erguer em honra do santo padroeiro da terra, o Convento, de obediência dominicana, e a Igreja começaram a ser erguidos em meados do século XVI, era rei de Portugal D. João III.
De todo o património edificado é, seguramente, o símbolo maior da bela cidade de Amarante.
De pendor maneirista, a construção, que se prolongou por oito décadas, foi influenciada pelo barroco de seiscentos, como se pode ver no portal que alberga essas duas linguagens arquitectónicas. A torre sineira, por seu lado, é barroca. Um dos muitos motivos de interesse encontra-se na chamada Varanda dos Reis, constituída por arcos apoiados em fortes pilares, com
estátuas dos quatro reis que se associaram à obra, desde D. João III até Filipe II de Espanha.
No interior da igreja, destacam-se altares como o de Santa Luzia ou capelas como a dedicada a Santa Rita Cássia, ornada com talha dourada. O retábulo-mor, com imagens barrocas de santos, a sacristia coberta de caixotões, o belo lavabo da Renascença ou, nas antigas
dependências conventuais, o primeiro claustro, são dignos de ser apreciados.Os doces das monjas Clarissas
A gastronomia é uma das atracções de Amarante. São famosos os doces conventuais feitos à base de ovos, nascidos da sabedoria culinária das antigas monjas Clarissas, ligadas ao Convento de Santa Clara. Papos de anjo, foguetes, lérias e brisas do Tâmega são algumas das deliciosas especialidades açucaradas vendidas nas melhores pastelarias da cidade.
Mas as Clarissas não se limitaram a deixar como herança os doces conventuais; o substancial arroz de frango, por exemplo, terá nascido do seu requintado modo de tratar as aves de capoeira.
Mosteiro com grande carga histórica, ligado a episódios que levariam à fundação de Portugal, no século XII. O seu mentor, o fidalgo D. Afonso Ansemondes, senhor das terras de Refojos, mandou-o erguer em honra da Virgem e destinou-o aos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, agradecido pelas vitórias militares que obteve.
O magnífico edifício conventual e a igreja que hoje podemos admirar resultam de obras que decorreram
desde o século XVI e que terminaram com a adaptação, há poucos anos, do antigo mosteiro para a actual Escola Superior Agrária. A transformação do antigo mosteiro em escola, da responsabilidade do arquitecto Fernando Távora, merece tanta atenção como todo o legado arquitectónico.
O mosteiro, imponente edifício de cor ocre integrado numa bela paisagem rural na margem direita do Rio
Lima, proporciona uma viagem por diferentes estilos: barroco, renascentista, rococó, neoclássico, acabando
nos novos edifícios modernistas, construídos à parte, formando um todo harmonioso.
Entre outros motivos de interesse para o visitante, destacam-se, além da igreja, o claustro, a cozinha velha do mosteiro com a sua grande chaminé, a sala de música com um bonito tecto de estuque, o refeitório, ou os aposentos do prior forrados com azulejos.
Outros locais a visitar em Refóios do Lima
Tal como o seu mosteiro, a freguesia de Refóios do Lima está carregada de história. Locais que merecem visita: a capela românica de Santa Eulália; a Capela de São Sebastião; a Torre-Solar dos Ansemondes, fundadores do mosteiro (mais tarde Torre dos Malheiros, como é conhecida); o Penedo de S. Simão, sepultura granítica rodeada de lendas; a praia fluvial; o miradouro da Vacariça.
A seis quilómetros de Vila do Conde e da foz do Rio Ave, a Praia de Mindelo tem fama de proporcionar boas condições de segurança aos banhistas, sem fundões perigosos. Os rochedos dão-lhe um encanto especial e, na maré baixa, criam pequenos paraísos aquáticos para os mais pequenos. O areal tem uma extensão de dois quilómetros, bordejado por um cordão de dunas. Alugam-se toldos, barracas e espreguiçadeiras. A praia, vigiada, tem infra-estruturas de apoio aos banhistas, desde instalações sanitárias e duches, sendo possível a prática de desportos como o futebol de praia e o vólei. Nas imediações há inúmeros bares e restaurantes para refeições completas ou de recurso. Nos meses de Verão funciona uma biblioteca de praia.
Praia fluvial no Rio Lima, na bonita zona ribeirinha de Ponte da Barca, encaixada num espaço natural de grande beleza. Na época balnear de 2008, a câmara local acabou de fazer obras que criaram melhores condições de segurança aos banhistas. A zona delimitada para banhos tem águas pouco profundas, com não mais de dois metros e meio de profundidade.
Está equipada com balneários e chuveiros e a água apresenta, segundo análises recentes, excelente qualidade. Tem um bar de apoio e fica próximo das piscinas municipais. Há animação e, na época de Verão, cinema ao ar livre e aluguer de pequenas embarcações a pedal ("gaivotas"). Tem espaços para ténis, futebol, vólei, basquete e canoagem.